Um grave caso de descaso e irresponsabilidade no tratamento de pacientes oncológicos foi identificado no Hospital de Oncologia do Maranhão – Dr. Tarquínio Lopes Filho, localizado em São Luís/MA. A denúncia aponta que medicamentos oncológicos vencidos foram fornecidos a pacientes em tratamento, configurando uma situação que coloca em risco a vida e a saúde de pessoas vulneráveis.
Um exemplo alarmante é o caso de um paciente identificado como Dorinaldo Pinto Gomes, que recebeu a medicação vencida enquanto buscava assistência no hospital. A unidade de saúde é gerida pela Associação Brasileira de Entidades da Assistência Social (ABEAS), que, por sua vez, contratou a Fundação Bahiana de Cardiologia, CNPJ 16.475.154/0002-50, para fornecer os serviços de atendimentos oncológicos.
O Blog do Luis Cardoso apurou que a Associação Brasileira de Entidades da Assistência Social (ABEAS) contratou de forma irregular a FUNDAÇÃO BAHIANA DE CARDIOLOGIA que sequer possui expertise técnica anterior à contratação, tão pouco alvarás para funcionamento e registro junto ao CRM, CRF, COREN e Vigilância Sanitária Estadual.
Impacto no tratamento e na saúde dos pacientes
Medicamentos oncológicos vencidos não apenas perdem a eficácia no combate às células cancerígenas, como podem causar efeitos colaterais graves, prejudicando ainda mais a condição dos pacientes. Profissionais da área médica consultados pela reportagem reforçam que tal prática é um crime contra a saúde pública e uma violação dos direitos humanos.
Especialistas apontam que a administração de medicamentos fora do prazo de validade é inadmissível sob qualquer circunstância e exige respostas urgentes das autoridades competentes,
Possíveis irregularidades na gestão
A denúncia levanta dúvidas sobre o controle de qualidade e a supervisão da gestão do hospital pela ABEAS e pela Fundação Bahiana de Cardiologia. A responsabilidade na aquisição, armazenamento e administração de medicamentos deveria ser uma prioridade em qualquer unidade de saúde, especialmente em um hospital especializado em oncologia.
Documentos obtidos pelo Blog do Luis Cardosoindicam falhas graves no controle interno, incluindo a ausência de auditorias regulares e a falta de treinamento adequado para os profissionais encarregados da distribuição e administração dos medicamentos.
Repercussão e próximos passos
A denúncia já foi encaminhada ao Ministério Público do Maranhão e às autoridades sanitárias para que sejam apurados os fatos e os responsáveis sejam devidamente punidos. A sociedade exige respostas rápidas e medidas efetivas para evitar que novos casos ocorram.
Além disso, familiares de pacientes e movimentos de defesa da saúde pública estão mobilizando manifestações e solicitando transparência na gestão do hospital, bem como uma intervenção emergencial para assegurar que os tratamentos oncológicos sejam realizados de forma segura e digna.
Respostas das instituições
Até o momento, a direção do Hospital Dr. Tarquínio Lopes Filho, a ABEAS e a Fundação Bahiana de Cardiologia, atual detentora do contrato de atendimento oncológico, não emitiram um posicionamento oficial sobre as acusações. No entanto, é esperado que as instituições apresentem explicações claras e adotem medidas para reparar os danos causados e restabelecer a confiança da população.
A denúncia expõe um problema que não pode ser ignorado. Este caso deve servir de alerta para a necessidade de maior fiscalização e responsabilidade na gestão da saúde pública, garantindo que os pacientes recebam um tratamento que respeite sua dignidade e preserve suas vidas.
Uma pergunta que não quer calar: Quem é o parente da família Brandão que trouxe ao Maranhão a tal Fundação Bahiana para ser contratada pelo Hospital Tarquínio Lopes? Aguardem mais detalhes
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