No cenário político, a lealdade é um dos pilares fundamentais que sustentam as alianças. A quebra desse pacto, frequentemente vista como uma traição, pode resultar em consequências severas, não apenas para o traidor, mas também para aqueles que o cercam. Em Bacabal, a situação do prefeito Roberto Costa (MDB) exemplifica bem essa dinâmica.
Roberto Costa, ao longo de sua trajetória, acumulou uma série de episódios que evidenciam sua disposição em romper laços de confiança. A mais recente traição envolveu o ex-governador e ex-senador João Alberto, por quem Roberto havia professado lealdade. João Alberto, recentemente eleito como o vereador mais votado, começou a movimentar-se para assumir a presidência da Câmara Municipal. Contudo, em um movimento inesperado, Roberto decidiu apoiar a candidatura de Natália Duda, uma escolha que culminou na vitória dela e na frustração de seu antigo aliado.
Além disso, a relação entre Roberto e seu vice-prefeito, Dr. Emílio (PP), também se deteriorou. A insatisfação crescente se dá pelo fato de que muitos aliados têm buscado o vice-prefeito em busca de apoio, evidenciando uma popularidade que parece superar a do próprio prefeito. Essa situação gerou um clima de tensão, descrito por muitos como de “velório”, especialmente após a sessão solene de abertura dos trabalhos legislativos de 2025 na Câmara Municipal, realizada no dia 5 de janeiro.
A ausência de harmonia entre os aliados e a crescente desconfiança podem significar não apenas um desafio para a governabilidade de Roberto Costa, mas também uma reflexão sobre os limites da lealdade no jogo político. A capacidade de um político em manter suas alianças, mesmo em tempos difíceis, é um indicador crucial de sua habilidade em permanecer relevante e eficaz na vida pública.